Contar histórias é uma das ações mais antigas da humanidade. É pela forma como é feita, nível de detalhe repassado, contexto envolvido, que sabemos muito sobre décadas e até centenas de anos para trás. Mas tudo evolui, certo?
Sempre quando ouvimos uma boa história elas possuem alguns pontos em comum. Todas elas tem um início, meio, desenrolar da situação, clímax e fim. E, tudo isso acontece num mundo cheio de detalhes sobre os acontecimentos, e conexões entre suas partes. Para quem já conhece o assunto já deve ter percebido que estamos falando sobre Storytelling! E o que seria o storytelling com dados?
Antes disso, você precisa saber o que é storytelling
Storytelling nada mais é do que a capacidade de transmitir um conteúdo por meio de um enredo elaborado com uma narrativa envolvente, e muitos pormenores estão dentro, como: a entonação/emoção ao contar a história, o nível de detalhe, a veracidade e coesão da história, todos podem ser fatores para fazer um bom storytelling.
Parece até que só mudou de nome a forma de contar uma história, mas na verdade a evolução vai bem além disso.
Hoje é muito comum conversarmos constantemente sobre números, quantidade de seguidores, faturamento alcançado, quantidade de casos de COVID-19, entre outros. Tudo isso é proporcionado pelo avanço da nossa capacidade de trabalhar com fatos para trabalharmos menos a imaginação e um contexto mais realístico.
Os dados também existiam antes, mas hoje são tão comuns que parece loucura ir para uma reunião sem levar um PowerPoint sem gráficos bonitos e números impactantes. Afinal, tudo pode ser descrito em números.
E assim nasceu o storytelling com dados
Na era da informação onde tudo é encontrado facilmente, não dá para deixar de lado o que sabemos ou precisamos saber de uma compra que a empresa está tentando fazer, ou um investimento novo que chegou como proposta.
Quanto vai retornar? Em quanto tempo? Qual a quantidade de pessoas que vão consumir? Qual é a faixa de lucro?
Todas essas e mais perguntas são respondidas diariamente e muitas vezes não são da melhor forma possível. Com números corretos, gráficos coerentes, e um contexto cheio de coesão, nada mais é do que a nossa boa e velha, história!
Imagine você fazendo apresentação para um grupo de investidores anjo para investirem na sua ideia, isso é um contar de uma história, certo?
Essas reuniões acontecem com tanta frequência que algumas ideias que eram novidades há pouco tempo, hoje já não são mais suportadas como os gráficos de pizza.
“Pessoas escutam estatísticas, mas elas sentem histórias” – Brent Dykes
3 pilares
Um bom enredo na era da informação é formada basicamente pela sua narrativa, pelo seu visual gráfico e seus dados:
Um storytelling bem construído sobre esses pilares melhora a compreensão dos dados e eficiência na tomada de decisão, como também ajuda a identificar padrões escondidos.
Feito com um design bem elaborado, as informações surgem de maneira muito fluída. Afinal, o cérebro humano processa informações visuais 60.000 vezes mais rápido que o texto, além dos visuais reterem 42% da atenção dos espectadores.
Conte a quantidade de numeral ‘3’ na imagem da esquerda, dá até uma preguiça, né?
E como foi a sensação de fazer a mesma tarefa na imagem à direita? Bem mais tranquilo, né?
Como melhorar a visualização?
- Identifique sua audiência: entenda quem e qual é o nível de conhecimento das pessoas que irão lhe escutar para não ser muito técnico ou muito superficial.
- Trabalhe com uma paleta de cores coerente com a apresentação bem como os padrões populares: verde que remete a números positivos e vermelho a números negativos, por exemplo.
- Alinhamentos e fontes coerentes são sempre um detalhe que faz uma diferença na visualização do espectador!
Além do design, a forma como os dados precisam ser apresentados é um diferencial também para a compreensão do espectador, por exemplo:
A imagem à esquerda faz uma comparação entre cinco indicadores e com o alcance de resultado desses indicadores, porém a visualização de sucesso e diferenciação entre um indicador e outro se torna complicada devido as cores estarem muito semelhantes além do tipo de gráfico usado.
Já no gráfico à esquerda, podemos ver que ele traz um exemplo nítido de qual é a real diferença entre um indicador e outro, bem como qual é o seu progresso de uma etapa para outro.
Fica bem expressivo a forma como o resultado decai, cresce e a comparação fica muito simples!
A partir de agora, como serão as suas apresentações?
Conta embaixo nos comentários!
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