Análise de dados: tudo o que você precisa saber sobre esse conceito

análise de dados
Sumário

Com os avanços expressivos da tecnologia, ferramentas poderosas estão transformando tarefas antes demoradas em processos ágeis e eficientes. Um exemplo notável é a análise de dados, que utiliza inteligência artificial e cálculos avançados para gerar relatórios precisos e insights estratégicos.

No entanto, para que a análise de dados realmente traga resultados, é fundamental que empresas e gestores estejam bem preparados.

Isso inclui o domínio das ferramentas disponíveis, a capacitação de equipes e a definição de objetivos claros, como aumentar o retorno financeiro ou otimizar processos internos.

Se você ou sua empresa está iniciando no universo da análise de dados, entender os principais conceitos, tecnologias e metodologias é essencial para alcançar o sucesso.

Este artigo foi pensado para ajudar você a dar os primeiros passos nessa jornada transformadora.

O que é análise de dados

o que é análise de dados

Análise de dados é o processo de inspecionar, limpar, transformar e modelar informações com o objetivo de identificar padrões, apoiar decisões estratégicas e responder a questões específicas.

Esse processo combina técnicas estatísticas e matemáticas, como:

  • Regressão linear e logística: para prever tendências futuras;
  • Agrupamento de dados: para identificar similaridades ou padrões;
  • Análise de tendências: para interpretar mudanças ao longo do tempo.

Além disso, a análise de dados depende de ferramentas de software que ajudam a manipular, organizar e visualizar grandes volumes de informações. Essas ferramentas tornam os resultados mais acessíveis, permitindo que as empresas transformem dados em ações concretas.

Quais são os tipos de dados utilizados na análise de dados?

No universo da analytics e da inteligência de negócios, os profissionais trabalham com três principais tipos de dados: estruturados, não estruturados e semiestruturados.

Esses dados podem ser originados de diversas fontes e em diferentes formatos. Mas o que exatamente significa cada um desses tipos? Vamos explorar:

Dados estruturados

Os dados estruturados são organizados em um formato específico e possuem esquemas bem definidos. Eles geralmente estão dispostos em tabelas, com campos e colunas, o que facilita sua manipulação e consulta através de linguagens como SQL.

Exemplos de dados estruturados
  • Registros de clientes em bancos de dados, contendo informações como nome, endereço, telefone e histórico de compras.
  • Dados financeiros, como transações de cartão de crédito, registros de estoque e folhas de pagamento.

Os dados estruturados são altamente organizados e frequentemente armazenados em bancos de dados relacionais, tornando-os ideais para análises precisas e rápidas.

Dados não estruturados

Os dados não estruturados não possuem um formato definido e não podem ser facilmente organizados em tabelas. São informações mais “livres”, como texto, áudio, vídeo e imagens, que geralmente precisam ser processadas antes de serem analisadas.

Exemplos de dados não estruturados
  • Documentos de texto, e-mails e postagens em redes sociais.
  • Conteúdo multimídia, como podcasts, transcrições de chamadas, vídeos e imagens.
  • Dados de sensores IoT (Internet das Coisas), como capturas de movimento ou leituras ambientais.

Embora sejam mais desafiadores de manipular, os dados não estruturados oferecem insights qualitativos valiosos e permitem a exploração de informações únicas, como através da análise de sentimentos ou da mineração de texto.

Dados semiestruturados

Os dados semiestruturados estão no meio do caminho entre os estruturados e não estruturados. Eles possuem uma organização parcial, geralmente por meio de tags ou metadados que ajudam a identificar e descrever o conteúdo.

Exemplos de dados semiestruturados

  • Arquivos XML, JSON e HTML.
  • Registros de logs de sistemas.
  • Metadados associados a arquivos de mídia ou documentos.

Esses dados permitem análises mais avançadas, sendo úteis para identificar padrões e criar modelos de dados personalizados.

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Qual a importância da análise de dados?

Você já ouviu aquela máxima “o que não pode ser medido, não pode ser gerenciado”?

Essa frase é do William Edwards Deming, um prestigiado estatístico estadunidense, e ela se aplica perfeitamente à análise de dados.

Primeiro de tudo, a análise de dados pode ser aplicada à praticamente qualquer área, pois ela é capaz de transformar grandes quantidades de dados em informações assertivas e mais simples de serem digeridas.

A análise de dados pode ser usada para identificar padrões, tendências e relacionamentos entre diferentes conjuntos de dados, ajudando a responder perguntas importantes e a resolver problemas complexos. Isso pode levar a melhorias na eficiência, na produtividade e no desempenho de uma organização, além de ajudar a reduzir custos, aumentar a receita e melhorar a experiência do cliente.

Mas não é somente no campo financeiro e operacional que a análise de dados pode ser útil. Chegamos à um momento na história onde já é possível utilizar esse tipo de método e ferramentas para até mesmo salvar vidas.

Um grande exemplo é o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE),  que tem contado com a ajuda de algoritmos que emitem um alerta para a Central de Monitoramento Assistencial (CMOA) quando detecta risco de piora em pacientes internados em algumas de suas unidades.

A análise de dados é cada vez mais importante para a pesquisa científica e a descoberta de novos conhecimentos em campos como a genética, a medicina e a ciência de dados. Ela permite a criação de modelos mais precisos e personalizados que podem ajudar a identificar padrões complexos e relações entre diferentes variáveis.

Quais são os tipos de análise de dados?

tipos de análise de dados

Existem quatro tipos principais de análise de dados, cada um com suas próprias características e aplicações específicas:

Análise descritiva

A análise descritiva de dados é um processo de resumir e descrever os dados coletados de uma determinada população ou amostra, buscando entender a distribuição dos dados e identificar tendências e padrões. Essa análise é uma das técnicas mais básicas e amplamente utilizadas na estatística descritiva.

O método envolve a utilização de medidas estatísticas, tais como medidas de tendência central, como média, mediana e moda, medidas de dispersão, como desvio padrão e intervalo interquartil, e gráficos, como histogramas, diagramas de caixa e dispersão.

Exemplos de aplicação incluem a análise de dados de vendas de uma empresa para identificar as tendências de vendas ao longo do tempo, a análise de dados de saúde para identificar a prevalência de doenças em uma população, e a análise de dados de pesquisa para resumir as respostas dos participantes em uma pesquisa.

Análise diagnóstica

A análise diagnóstica de dados é um processo estatístico avançado que busca identificar relações entre variáveis ​​e explicar as causas dos padrões observados nos dados.

Essa análise é utilizada para descobrir quais fatores influenciam um determinado resultado e para determinar a causa de discrepâncias nos dados. Para isso, são utilizadas técnicas estatísticas, como a regressão, para estabelecer relações entre variáveis.

Além disso, técnicas de análise exploratória de dados, como análise de componentes principais e análise de cluster, são utilizadas para identificar grupos de variáveis comuns que podem explicar padrões observados nos dados.

Exemplos de aplicação da análise diagnóstica de dados incluem a análise de dados de tráfego para identificar os fatores que afetam o fluxo de tráfego, a análise de dados de vendas para determinar quais fatores afetam as vendas e a análise de dados de saúde para identificar os fatores que afetam a saúde dos pacientes.

Análise preditiva

Esse é um processo de análise de dados que utiliza técnicas estatísticas e de aprendizado de máquina para prever resultados futuros com base em dados históricos.

As técnicas utilizadas na análise preditiva incluem regressão, árvores de decisão, redes neurais, algoritmos de agrupamento e modelos de séries temporais.

Exemplos de aplicação da análise preditiva de dados incluem a previsão de demanda de produtos com base em dados históricos de vendas, a previsão de preços de mercado com base em dados históricos de preços e a previsão de risco de crédito com base em dados históricos de inadimplência.

Análise prescritiva

A análise prescritiva é uma técnica avançada de análise de dados que utiliza técnicas estatísticas e de aprendizado de máquina para prescrever ações e decisões em relação a um determinado resultado desejado.

Ao contrário da análise preditiva, que se concentra em prever o futuro, a análise prescritiva utiliza os resultados da análise preditiva para fornecer recomendações acionáveis ​​para alcançar um determinado resultado.

As técnicas utilizadas na análise prescritiva incluem otimização, programação linear e simulação de Monte Carlo.

Exemplos de aplicação da análise prescritiva de dados incluem a otimização de rotas de transporte para reduzir o tempo de viagem e os custos de combustível, a otimização de preços de produtos para maximizar o lucro e a otimização de horários de trabalho para minimizar o custo da mão de obra.

Outras técnicas de análise

Existem diversas técnicas de análise de dados disponíveis além das 4 citadas anteriormente, que podem ser utilizadas para apoiar ou complementar sua análise. Elas são:

  1. Análise exploratória: usada para descobrir padrões, tendências e relações entre variáveis.
  2. Análise estatística: usada para analisar dados por meio de técnicas estatísticas, como testes de hipóteses, regressão e análise de variância.
  3. Análise de dados não estruturados: usada para analisar dados não organizados ou sem uma estrutura pré-definida, como dados de mídias sociais, textos e imagens.
  4. Mineração de dados: usada para identificar padrões e tendências em grandes conjuntos de dados, muitas vezes usando técnicas de aprendizado de máquina.
  5. Aprendizado de máquina: um campo de inteligência artificial que usa algoritmos para ensinar um sistema a reconhecer padrões e tomar decisões com base em dados.

Quais são as principais ferramentas?

ferramentas para analise de dados

Para realizar uma análise de dados eficaz, é preciso utilizar ferramentas adequadas que permitam organizar, processar e visualizar grandes quantidades de informações.

Existem diversas ferramentas disponíveis para análise de dados, e a escolha depende do tipo de dados, do objetivo da análise e das habilidades e preferências do analista.

Uma das ferramentas mais populares para análise de dados é a planilha eletrônica, como o Microsoft Excel e o Google Sheets. Essas ferramentas permitem organizar e manipular dados de forma intuitiva, além de oferecer recursos para a criação de gráficos e tabelas.

No entanto, para análises mais complexas e em grande escala, pode ser necessário recorrer a outras ferramentas.

Linguagens de programação, como Python, R e SQL, são opções mais poderosas para análise de dados. Essas linguagens oferecem maior flexibilidade e poder de processamento para lidar com grandes quantidades de dados e realizar análises mais complexas.

Além disso, muitas bibliotecas e pacotes estão disponíveis para análise de dados em Python e R, o que permite que o analista personalize sua análise de acordo com as necessidades específicas.

Ferramentas de visualização de dados, como Tableau, Qlik Sense, Power BI e D3.js, permitem criar gráficos, tabelas e dashboards interativos e atraentes. Essas ferramentas são especialmente úteis para apresentar os resultados da análise de forma clara e acessível, o que facilita a comunicação com as partes interessadas.

Para análises mais avançadas, pode ser necessário recorrer a ferramentas de machine learning, como TensorFlow e Scikit-Learn em Python.

Essas ferramentas permitem construir modelos de aprendizado de máquina para previsão, classificação e agrupamento de dados. Ferramentas de análise de texto, como NLTK e SpaCy em Python, também são úteis para analisar dados de linguagem natural, como textos e conversas.

Essas são apenas algumas das principais ferramentas utilizadas na análise de dados, e a escolha das ferramentas depende das necessidades e objetivos específicos do analista.

Em suma, é importante escolher a ferramenta certa para a tarefa em questão, e o conhecimento e uso eficaz dessas ferramentas podem ser cruciais para o sucesso de uma análise de dados.

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Como melhorar processos com a análise de dados

Uma das possibilidades mais promissoras da análise de dados é melhorar ou refinar processos internos de uma empresa. Algumas dicas básicas para aplicar a metodologia com esse fim são:

  • Identifique o processo: comece definindo o processo que deseja analisar e otimizar. Certifique-se de ter uma compreensão clara do que isso implica, quais são as entradas e saídas e as várias etapas envolvidas.
  • Colete dados: Depois de identificar o processo, é hora de coletar dados. Isso pode ser qualquer coisa, desde números de produção, carimbos de data/hora, feedback do cliente, etc. Quanto mais dados você tiver, melhor.
  • Limpe e analise os dados: limpe seus dados removendo qualquer informação irrelevante ou imprecisa. Em seguida, use ferramentas como planilhas, software de visualização de dados ou software de análise estatística para analisar os dados. Procure padrões, correlações e tendências que possam fornecer informações sobre o processo.
  • Identifique gargalos: use a análise de dados para identificar gargalos no processo que o estão atrasando ou causando ineficiências. Isso pode ser qualquer coisa, desde uma etapa do processo que leva mais tempo do que deveria até um recurso que está sendo subutilizado.
  • Faça melhorias: Depois de identificar os gargalos, é hora de fazer melhorias. Isso pode significar simplificar o processo, automatizar determinadas etapas ou encontrar maneiras de usar os recursos com mais eficiência.
  • Monitore e avalie: Continue monitorando o processo depois de fazer melhorias para ver se elas estão realmente fazendo diferença. Caso contrário, continue analisando os dados para encontrar novas oportunidades de melhoria.

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Quais são as boas práticas na análise de dados?

boas práticas na análise de dados

Até aqui aprendemos a importância da análise de dados, suas ferramentas e como aplicá-la. Contudo, com tantos dados disponíveis, pode ser difícil saber por onde começar e como garantir o sucesso.

Então, quais são algumas boas práticas para alcançar o sucesso com análise de dados?

Em primeiro lugar, é essencial definir suas metas e objetivos antes de iniciar a análise. É importante entender que perguntas você quer responder e que problemas deseja resolver para que possa focar sua análise e garantir que esteja obtendo os resultados desejados.

Além disso, antes de começar a análise, é importante limpar e organizar os dados. Isso pode envolver a remoção de duplicatas, o preenchimento de valores ausentes ou a transformação dos dados em um formato mais utilizável.

A colaboração com profissionais diversificados da área de dados também é uma prática valiosa na análise de dados. Trabalhar com cientistas de dados, analistas de BI e especialistas no assunto pode ajudar a obter uma compreensão mais completa dos dados e dos insights que eles podem fornecer.

Por fim, a comunicação dos resultados é crucial para a análise ser de fato algo valioso para uma empresa.  Histogramas, gráficos de dispersão e outras visualizações são altamente eficazes nessa etapa.

Ao seguir essas boas práticas, tanto iniciantes quanto analistas experientes estarão no caminho certo para o sucesso. Também é de suma importância continuar aprendendo sobre as técnicas e práticas recomendadas mais recentes para se manter atualizado, pois o campo da análise de dados está em constante evolução.

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Daniel Luz
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